sábado, 27 de novembro de 2010

Sistema educacional Japonês






















Escola elementar - Shōgakkō



A escola elementar é obrigatória no Japão, os alunos começam aos 6 anos de idade, estima-se que 99% das escolas elementares do país sejam públicas. O uso da escola é grátis, com exceção da alimentação e de materiais pessoais (apesar de serem subsidiados pelo governo), a média é de 31 alunos por classe, organizados em pequenos grupos com lições acadêmicas, disciplinares e de senso de responsabilidade, também são usados alunos monitores que auxiliam na manutenção da ordem.

O currículo acadêmico padrão inclui língua japonesa, estudos sociais, aritmética e ciências, completadas com outras matérias como educação moral, artes, artesanato, música, trabalhos domésticos, educação física e língua inglesa.

A alimentação não é grátis, mas é subsidiada pelo governo, os almoços incluem pão, leite e um prato principal, a alimentação também é um intrumento de educação, com o ensino de nutrição e de boas práticas alimentares, por isso os estudantes comem na própria sala junto com os professores, eles também são responsáveis pela limpeza dos seus pratos.

Escola média - chūgakkō

A escola média é obrigatória e começa aos 12 anos de idade, estima-se que 95% das escolas médias sejam publicas, a média é de 38 alunos por classe, cada sala possui um conselheiro, ao contrário das escolas elementares na escola média os estudantes tem diferentes professores para diferentes matérias, os professores usam outros tipos de mídia como televisão, rádio e computadores, algumas matérias também são usados laboratórios, a organização também é baseada em pequenos grupos.

O currículo inclui língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciências, música, artes, saúde e educação física. Também existem aulas de trabalhos domésticos e industriais, junto com educação moral e cidania.

Escola superior - kōtōgakkō

Apesar da escola superior não ser obrigatória no Japão, aproximadamente 94% dos estudantes da escola média vão para a superior, as escolas superiores são pagas, inclusive as públicas que representam aproximadamente 76% dos estudantes.

O currículo inclui disciplinas acadêmicas como língua japonesa, matemática, ciências e inglês, junto com história, geografia, atividades cívicas e economia doméstica, mais as disciplinas específicas para áreas específicas, sendo as áreas econômicas e industriais as mais populares.


O ano letivo começa em Abril e termina em Março do ano seguinte.

As férias de verão vão do final de julho a final de agosto.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A fonte do saquê













Há muitos e muitos anos, no tempo em que a imperatriz Gensho reinava no Japão, morava em Mino, atual Gifu, um lavrador de poucos recursos. Apesar de ser um rapaz muito trabalhador, o que produzia em sua horta não era o suficiente para o sustento dele e de seu velho pai.

O pai também sempre foi pobre e, na idade avançada, pouco podia fazer para ajudar o filho na roça. O filho tratava o pai com carinho, sabia quanto ele tinha se sacrificado pela família. Sempre sonhava com uma maneira de dar algum conforto ao seu pai nos últimos anos de sua vida. O velho gostava muito de saquê (vinho de arroz), porém quase nunca sobrava dinheiro para o moço comprar-lhe uma garrafa.

Certa ocasião, após terminar seus trabalhos na horta de verduras, o rapaz subiu a montanha para cortar lenha. Como fazia de tempos em tempos, levaria a lenha para vender na cidade e conseguir algum dinheiro para comprar saquê para seu velho pai. Seu prazer era ver a cara de felicidade quando seu pai sorvia apetitosamente os goles de saquê.

O moço encheu o carregador de lenhas, colocou-o nas costas e começou a descer a montanha em direção à cidade. Mas, como havia colocado muita lenha nas costas, veio cambaleando, devido ao grande peso, e acabou escorregando. Rolou morro abaixo até o fundo de um vale, onde ficou desmaiado durante horas.

Mais tarde, despertou todo dolorido e com muita sede. Nisso prestou atenção, pois ouvia o barulho de uma queda d’água. Saiu em direção ao som e encontrou uma pequena fonte entre rochas e folhagens. Fazendo das mãos uma concha, bebeu a água da fonte e teve uma grande surpresa. Não era água e sim saquê!

Não acreditando no que estava acontecendo, tornou a beber. Realmente era saquê!

Imediatamente, o moço lembrou de seu pai e de quanta alegria ele teria saboreando aquele saquê. Então, encheu de saquê a cabaça, que sempre carregava na cintura para levar água ao seu trabalho.

Quando chegou em casa, seu velho pai estava preocupado com a demora.

– Aconteceu alguma coisa para você demorar tanto a voltar?

– É difícil de acreditar no que houve. Beba um pouco desse líquido enquanto eu conto o que aconteceu.

O pai experimentou o líquido da cabaça e comentou, feliz:

– Esse não é o saquê que você costuma comprar para mim. É muito mais gostoso!

Então, o filho revelou o acontecido no vale em seus mínimos detalhes. O pai, surpreso pela narrativa, comentou:

– Isso é uma graça divina. O deus do saquê agraciou você por ser um bom e dedicado filho. Vamos fazer a oferenda de uma taça de saquê no santuário e rezar a ele em agradecimento.

A partir desse dia, todas as tardes, quando o moço terminava seu trabalho na lavoura, ia buscar saquê na fonte. Voltava com a cabaça cheia para casa e fazia a alegria de seu pai, que o esperava ansiosamente. Assim, pai e filho viveram por muitos anos em perfeita harmonia.

A notícia daquele insólito acontecimento espalhou-se por todo o Japão e chegou aos ouvidos da imperatriz Gensho, que reinou de 715 a 724. Ela resolveu ir pessoalmente conhecer a fonte milagrosa de saquê. Ao experimentar a água da fonte, percebeu que se tratava simplesmente de água e nada mais. Conhecedora da história, ela entendeu que o milagre ocorria somente com aqueles pai e filho. Como o filho era dedicadíssimo ao pai, o deus do saquê fazia com que o pai sentisse o gosto de um delicioso saquê, sempre que bebia aquela água. Então, a imperatriz determinou que fosse construído um jardim em torno da fonte e a batizou com o nome de Yorô, que significa “tratar bem de idosos”.

Assim, a imperatriz deu vários presentes ao moço, por tratar o pai com muito carinho. Desde então, nasceu o costume ainda vigente de a Casa Imperial Japonesa premiar as pessoas que tratam os idosos com respeito e carinho. E a Cachoeira Yorô é, ainda hoje, um ponto turístico muito visitado no Japão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


























Quando se ama, a rosa tem metade do perfume…

Ditado japonês

























“Perdoar a quem não se arrepende é como desenhar figuras na água.”
(Provérbio Japonês)





















“Com um amigo ao lado, nenhum caminho é longo demais”
Ditado japonês


















“Todo homem deve subir o Monte Fuji uma vez, mas só os tolos o fazem duas vezes”.

Provérbio japonês

























“Se ama seu filho, deixe que ele viaje”.

Ditado japonês

Dicionário


























Esquerda: Hidari
Direita: Migi
Reto: Massugu
Acima: Ue
Abaixo: Shita
Longe: Tooku
Perto: Chikaku
Longo: Nagai
Curto: Mijikai

O cavalo dos sonhos e as sete berinjelas

























Há muitos e muitos anos, numa aldeia rural do Japão, viviam dois inseparáveis amigos. Eisuke era filho do chefe da aldeia, uma família abastada, dona das terras daquela região. Goro era filho de pobres lavradores, que trabalhavam nas terras do pai de Eisuke. Apesar da diferença social e econômica das famílias de ambos, eles viviam sempre juntos, desde quando pequeninos.

Certa ocasião, os dois, cansados de viverem dentro dos limites da aldeia, resolveram conhecer outras paragens e ganharam a estrada.

Caminhavam alegremente, ora cantando, ora tirando músicas assoprando folhas de bambu esticadas nos lábios. Prosseguiam a viagem despreocupados.

Dias depois, na travessia de uma montanha, perderam-se no meio da mata. A noite caiu, e a floresta transformou-se em completa escuridão. Apesar do medo, continuaram caminhando, pois permanecer ali parecia por demais perigoso. De repente, avistaram uma luz no meio da mata. Os dois rumaram apressados em direção à luz, pois devia, com certeza, ser uma casa. Por sorte, era uma hospedaria. Os meninos ficaram aliviados e pediram uma pousada para a velha dona da pensão. Cansados que estavam, Eisuke logo adormeceu. Goro, que nunca tinha dormido numa hospedaria, apesar de exausto, não conseguia pegar no sono.

De repente, percebeu que alguém estava abrindo o shoji (parede móvel de papel), então fechou os olhos e fingiu que estava dormindo. De olhos semi-serrados, viu que a dona da pensão olhou para dentro do quarto e, vendo que os dois estavam dormindo, deu uma risada horripilante e se afastou corredor. Goro ficou arrepiado de medo, aquela não era uma situação normal.

Da porta corrediça que a velha deixou semi-aberta, Goro podia vê-la na sala no fim do corredor. A velha sentou-se perto do irori (fogareiro), mexeu as cinzas com dois palitos de ferro e acendeu o fogo assoprando as brasas no centro do irori. Em seguida, depositou algumas sementes nas cinzas. Goro não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Para a surpresa do menino, as sementes plantadas começaram a brotar e a crescer em segundos. As folhas finas e compridas denunciavam que eram pés de arroz, que incrivelmente começaram a soltar cachos, que ,carregados, fizeram as hastes curvarem. Segundos depois, os cachos pendentes ficaram amarelos e prontos para ser colhidos.

A velha colheu o arroz, tirou a casca esfregando-o em uma peneira de bambu e cozinhou-o no fogareiro. Depois, amassou-o num pequeno pilão e fez quatro motis (bolinhos de arroz glutinoso). Goro, que assistiu a tudo, pensou em contar para o amigo, mas, vendo Eisuke roncando, resolveu deixar para o dia seguinte. Cansado, Goro também acabou pegando no sono.

No dia seguinte, quando Goro despertou, o sol já estava alto. Olhou para o leito ao lado e viu que Eisuke já havia se levantado. Então, levantou-se depressa e correu para a sala. A dona da hospedaria estava oferecendo os bolinhos para Eisuke. Goro gritou para que ele não comesse aquele moti, porém, era tarde. Eisike havia posto o bolinho na boca e degustou-o com satisfação.

– Nossa, que bolinho gostoso. Quero mais.

– Sim, coma! – disse a dona da pensão.

– Não coma! – gritou Goro.

Mas era tarde. Eisuke botou as mãos sobre a barriga, começou a se contorcer e, por mais incrível que possa parecer, transformou-se num cavalo. Um cavalo bonito, mas diferente de todos os cavalos que o menino tinha visto até então. Um cavalo todo colorido, como se fosse um cavalo de sonhos. Goro ficou paralisado de susto. Compreendeu que a velha dona da pensão era, na verdade, uma Yamanbá (bruxa da montanha), que transforma todos os viajantes que ali se hospedam em cavalos de sonhos. Já havia ouvido qualquer coisa a respeito, mas não acreditou que pudesse ser verdade. No entanto, seu amigo Eisuke era agora um cavalo de sonhos, com colorido impressionantemente belo e maluco.

– É sua vez. Coma os motis, garoto – disse a velha, esticando o prato com dois bolinhos ao garoto.

Goro estava paralisado de medo, mas, numa reação desesperada, derrubou o prato dos bolinhos com a mão e saiu correndo da casa. Correu desesperadamente, sem rumo, até que avistou uma casa de lavrador no vale.

Quando Goro abriu os olhos, estava estirado sobre um tatame (esteira de palha) na casa do vale. Um velhinho com barba e cabelos compridos, que aguardava pelo seu despertar, sorriu e disse:

– Vejo que está melhor. Você bateu na minha porta e desmaiou de canseira.

– Estou com sede. Muita sede – disse Goro, percebendo que estava diante de um Sennin (sábio imortal), e que só ele poderia ajudá-lo a salvar seu amigo.

Depois que tomou várias tigelas de água, Goro contou o ocorrido ao bom velhinho e pediu ajuda para salvar seu amigo. O ancião ensinou, então, que o único modo de salvar Eisuke era fazer ele comer sete berinjelas de um mesmo pé.

– Só assim seu amigo voltará a ser humano. Em seguida, o velho fez um mapa ensinando onde o menino poderia encontrar uma grande plantação de berinjelas e como chegar de volta à casa da Yamanbá. Assim, Goro, agradecendo ao velhinho, seguiu o que indicava o mapa.

A plantação de berinjela era enorme. Goro saiu contando pé por pé quantas berinjelas tinha cada um. Depois de várias horas, finalmente achou um pé com as sete berinjelas. Então, arrancou o arbusto e foi em direção à casa da Yamanbá.

O cavalo estava amarrado em uma árvore ao lado da “hospedaria”. Goro aproximou-se sorrateiramente, desamarrou a corda e disse:

– Eisuke, escute, sou eu, Goro.

O cavalo olhou-o como se reconhecesse o amigo e balançou a cabeça no sentido vertical.

– Olha, você tem que comer estas sete berinjelas. Assim que as comer, o encanto se quebrará, e você voltará a ser gente – o cavalo fez movimento horizontal com a cabeça, como quem desaprova a idéia.

– Puxa, agora lembrei que você não gosta de berinjelas. Sua mãe vive dizendo para você comer berinjelas, mas você as detesta. Só que, desta vez, você vai ter de comer as sete, se não quiser continuar cavalo para o resto da vida. Essas berinjelas foram sugeridas por um Sennin, não tem erro.

Assim, fazendo cara de poucos amigos, o cavalo começou a comer as berinjelas. Depois, ao digerir a última, como num passe de mágica, voltou a ser Eisuke. Os dois se abraçaram de alegria e trataram de fugir do local o mais rápido possível. De volta à aldeia, cada um foi para sua casa e, durante bom tempo, tiveram histórias para contar. Anos depois, tornaram-se sócios em plantação de berinjelas e continuaram bons amigos para sempre.

















Fonte:
http://www.nippobrasil.com.br/




Dicionário



























Esposa: Kanai, Tsuma
Esposo: Shujin, Otto
Filha: Musume
Filho: Musuko
Mãe: Haha, Okaasan
Pai: Chichi, Otousan
Amigo: Tomodachi

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Akai Ito - O fio vermelho do destino



























O fio vermelho do destino ou fio vermelho é uma lenda chinesa. De acordo com este mito, os deuses amarram uma corda vermelha invisível ao redor dos tornozelos dos homens e mulheres que estão destinados a ser a alma gêmea um do outro.
Segundo a lenda chinesa, a divindade a cargo do "fio" acredita-se ser Xia Lao Yue (muitas vezes abreviado para "Yuelao" , o antigo deus lunar casamenteiro, que é também responsável por casamentos.

"Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se
Independentemente do tempo, lugar ou circunstância
O fio pode esticar ou emaranhar-se
mas nunca irá partir."
- Uma antiga crença chinesa


A lenda , desde então, também se tornou um mito popular na cultura japonesa e
história fala sobre um fio invisível que é amarrado no dedo mindinho de duas pessoas que estão destinadas a viverem juntas para sempre. É como uma ligação espiritual que representa o amor eterno.









domingo, 14 de novembro de 2010



















"Não podemos admirar ao mesmo tempo a neve, a lua e as flores ".

Proverbio Japonês

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


























Se não é certo, não faça. Se não é verdade , não diga.

Provérbio japonês